No último dia 31 de agosto as Secretarias Municipal de Agricultura, Abastecimento e Produção, Planejamento e Obras apresentaram um projeto da área onde seria construído o transbordo do Quitandinha, para a Área de Proteção Ambiental (APA), durante reunião no Ministério Público. O documento da prefeitura foi contra a vontade dos mais de 65 mil moradores da zona sul da cidade e propôs a instalação de quiosques para a comercialização de uma feira livre, o que foi rejeitado pelo chefe da unidade da APA de Petrópolis, Sérgio Bertoche. O problema entre a população local e o governo começou em setembro de 2007, quando o ex-prefeito Rubens Bomtempo e o então secretário de Meio Ambiente, Paulo Mustrangi, anunciaram a construção do terminal no Quitandinha. Desde então começaram as manifestações da comunidade contra as irregularidades da obra, que chegou a ser interrompida pela Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente (Feema) e a Superintendência Estadual de Rios e Lagoas (Serla) devido à falta de licenças ambientais.Entretanto, apenas em 2008 houve o embargo definitivo, quando fiscais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) constataram que a construção estava dentro do limite de 30 metros de faixa marginal do Rio Quitandinha, em Área de Preservação Permanente (APP).
Há dois anos o espaço permanece sem utilidade pública. De acordo com o presidente do Movimento Eu Amo o Quitandinha, Miguel Arcanjo, a Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Produção apresentou uma proposta para a construção de quiosques que seriam usados para feiras livres. Nas últimas semanas, o atual presidente da Companhia Petropolitana de Trânsito e Transportes (CPTrans), Orlindo Pozzato, também esteve no local, conversou com os moradores e sugeriu abrir o espaço para passagem da pista. Porém, as alternativas foram recusadas pelos moradotres. "Apresentamos uma planta no Ministério Público que esboça bem o que queremos, que é uma praça de lazer para a comunidade de toda a zona sul de Petrópolis, que não tem nenhuma. Poderiam ser construídos espaços para as crianças e a terceira idade, que não têm um local específico para eles".
O chefe da APA Petrópolis, Sérgio Bertoche, disse que a proposta da prefeitura deve atender às normas da APP, como área verde urbana. "O projeto apresentado nesta semana não respeitou essas exigências, a finalidade do lugar deve ser para o uso cultural e de lazer da população. Vamos esperar para analisar uma nova sugestão", disse. A CPTrans informou que o local está passando por vistorias e será marcada uma reunião com representantes da comunidade para discutir projetos a serem realizados no espaço.
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