Por Agnes Lutterbach (Nova Friburgo-RJ)
A estudante da Universidade Estácio de Sá, campus Nova Friburgo, Ana Cândida Scheer é uma apaixonada pela dança de salão e diz que o samba não foi sua primeira opção, por achar inicialmente que o ritmo era muito difícil e por isso não despertava interesse: “No momento que tive contato com cavalheiros que exprimiam paixão pelo samba e dançavam com vontade, comecei a ver que o samba não era nenhum bicho de sete cabeças, hoje danço sem medo e gosto de verdade”. Quem observa a estudante dançar, percebe que ela se entrega de corpo e alma, independente do ritmo, mas o samba tem um gostinho especial na opinião de Ana: “Samba é o melhor ritmo, é muito animado, contagiante, chega a ser um desafio, porque não é fácil. Além de ter uma beleza toda especial”. O sentimento que envolve os amantes da dança é a paixão, é possível esquecer do mundo enquanto se dança: “No momento em que estamos dançando é impossível pensar em outras coisas. Eu digo que a dança é o elixir da juventude e tem um grande poder de nos deixar feliz”, finalizou.
“Jaime Arôxa foi jurado de um concurso que eu estava participando, me viu dançar e me convidou para dançar com ele”, assim começa a trajetória de sucesso do professor de dança de salão Edu Cigano. A primeira paixão foi o samba de gafieira (esse nome surgiu de uma gafe cometida por um europeu, que foi proibido de entrar em uma casa de samba devido aos trajes que usava [tênis, meia e bermuda] e deveria estar trajado socialmente, o terno, que é a roupa usada para dançar), o que conquistou Edu foi a riqueza dos ritmos, o batuque, as diversas formas de se dançar o samba. Samba no pé, samba canção, pagode, samba enredo e samba de gafieira são os mais procurados na Companhia de dança do professor.
O samba tem todo um misto de emoções, culturas e beleza. É muito mais do que um ritmo ou um gênero musical. É a alma de quem convive com ele, que dá a vida para que o samba seja reconhecido. Já dizia Haroldo Costa: “A escola de samba com seu enredo, o formato do espetáculo, é a síntese de todos os signos da vida cultural brasileira. Ela consegue se manter porque se transforma”. O samba nunca é o mesmo, a cada dia se renova.
ESTÁCIO NO AR MADUREIRA - Ed. 02 AGO 2010
Há 14 anos
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